8 de setembro de 2012

Já que nossa herança parece ser uma independência louca... que vai vai e não chega e que não se avergonha de nos meandros silenciosos do poder manter-se fechada para tão pouquíssimos... eis que Bel (grande Belchior), que crendo na mudança, cantarola um grito fugidio para respirar, porque no misto colorido e forte que nos movimenta no íntimo - no âmago - a gente escolhe as músicas, os filmes, as plásticas, as literaturas, as arquiteturas, os brilhos e os cheiros para continuar na velha roupa colorida sem negar e 'medonhar' diante dos fantasmas!

Cantemos e recantemos para viver... esse Brasil que vai vai e não chega! Chega onde? Não sei... Por negação afirmativa, sei que nesse ponto que estamos é o certo que não havemos de fixar chegada!

Como Poe, poeta louco americano,
Eu pergunto ao passarinho: "Black bird, o que se faz?"
Haven never haven never haven
Black bird me responde
Tudo já ficou atras
Haven never haven never haven
Assum-preto me responde
O passado nunca mais...