21 de fevereiro de 2015

fotografia performática
fotografia das invisibilidades cotidianas
fotografia movente
fotografia...
fotografia do micro...
fotografia do olho...
fotografia!

fotografia: Araquém Alcântara; Dona Massu ; Chapada Diamantina

1 de fevereiro de 2015


Resolvi dar um rolê de domingo na feira para comer um pastel com café. Imediatamente ao chegar, encontro um senhor em tom bem comunicante de feirante: "tenho 82 anos e já não sinto mais dores depois que descobri esse vestido". Sim. Ele usava um vestido vermelho.

Até aí nada diferente... se sua cabeça é de andanças por grandes centros onde a diversidade se mostra cotidiana, porém, quando você busca o cenário e encontra uma cidade pequena de interior, cujo conservadorismo é oficial, a certeza de que as linearidades soluçam ganham volume, cores e cheiros.
Continuei o rolê e logo à frente pedi um café e um pastel de guariroba (que por sinal aqui a pronúncia é 'gayroba'). Sentadinha comendo meu pastel ouço a pérola:
"A Dilma não sabia de nada desses rolos porque ela é de sagitário e sagitário não mente e é inocente."
Fiquei pensando e engolindo meu café: "feira como sempre surpreendente, inclusive reveladora dos referenciais e descobertas populares".

Hoje aprendi que i) só vou acreditar em político depois de ler seu signo e ii) vou eliminar dores da velhice fazendo o que quero e como quero.

(feira livre do junqueira em ituiutaba mg - 01/fev/15)