13 de dezembro de 2010

Divagação divagante de andanças

Passo a passo, contados
bem que reflexivos também
amarela, bem infantil, ingênua
pretensiosa ingenuidade
ganhou-me
dançou-me os olhos
casei-a com os passos
seguiram seguindo-me
e lá fomos, rumo ao calor
pára!
Noutra já estava branca
requintada, vestido rodado
meio baile formatura, não sei
naquele miolo protegido estava
a beleza, não, o belo
o másculo impositivo no fêmeo
trancei-as: amarela à branca
era um abraço
tímido, talvez
dele o que não se traduziu
o que se interpretou
nos minutos seguintes
adentrado à sala o deslocamento
corrompeu-as
privou-as
disso a inferência segunda
da faculdade nous
o estouro esteve no espanto
no alimento de pegá-las
separadas
e
uni-las
partilha movente...
segundos
ainda partilha
o amarelo no branco
a amarela na branca
porque a brevidade
ilimitou-se
no ato de tomar o puro
como caminho
sendo
o objetivo caminhante
do escaldante calor
do Tijuco.
Repita-se:
O grande é pegar as flores
no caminho como presente...

Carol Gomes

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