A tragédia está sentada em meio a esse transbordamento de vida, sofrimento e prazer; em êxtase sublime, ela escuta um cantar distante e melancólico – é um cantar que fala das Mães do Ser, cujos nomes: Ilusão, Vontade, Dor. [Nietzsche, 1992, p.123]
sobrevém ao espectador trágico justamente aquele seguro pressentimento de um prazer supremo, ao qual conduz o caminho que passa pela derruição e negação, de tal forma que julga ouvir como se o abismo mais íntimo das coisas lhe falasse perceptivelmente. [Nietzsche, 1992, p.125]
a existência e o mundo aparecem justificados somente como fenômeno estético: nesse sentido precisamente o mito trágico nos deve convencer de que mesmo o feio e o desarmônico são um jogo artístico que a vontade, na perene plenitude de seu prazer, joga consigo própria. [Nietzsche, 1992, p.141]
Referência:
NIETZSCHE, F. W. O nascimento da tragédia ou helenismo e pessimismo. Trad. J. Guinsburg. SP: Cia. das Letras, 1992.
NIETZSCHE, F. W. O nascimento da tragédia ou helenismo e pessimismo. Trad. J. Guinsburg. SP: Cia. das Letras, 1992.
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Incrível como vacilamos durante alguns bons dias, até que numa tarde não tão despretensiosa encontra-se em páginas esgarçadas pelo mestre, apontamentos que fazem valer os minutos nada nada compreendidos.
A seriedade do existir desvelada pelo pensador...
Isso é gigante!!! Sem medida... não há!!!
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