30 de abril de 2017

meu comentário ao Bel,
porque agora eu quero tudo outra vez.

seu eu tivesse técnica dos traços, em frações de segundos desenharia uma estrada ladeada de caatinga com o sol nascendo de todos lados. Cada sol um sol sendo único como sol. Na multiplicidade dos horizontes você viria caminhando contraluz solar... andante, poetizante e cantante das canções que marcaram a passagem da minha adolescência para a vida adulta.

justamente nos idos de 2004, marchando por Fortaleza, mineira, estudante universitária de filosofia, sem 1 real no bolso, comendo jambo caído dos enormes pés das calçadas públicas. Imigrante inversa do sudeste ao nordeste em busca dos conselhos populares da capital cearense que recentemente elegia Luizianne para prefeitura, conheci um cinema de fundo de quintal à beira da linha do metrô no bairro Damas e na parede de projeção cujo filme exibido era "Deus e o diabo na terra do sol", topei com a frase mais revolucionária que pudesse me bombardear: "Amar e mudar as coisas me interessa mais". Desde então a vida dura em Fortaleza passou a ter cores e poesia.

"Essa lembrança é o quadro que dói mais. Ainda somos os mesmos e vivemos. Apesar de termos feito tudo, tudo o que fizemos".

Bel, meu amigo Bel... que o outono movimente o vento e as folhas que levarão pelos ares sua poesia.

Coração sentido, triste! Bel, Bel.



Nenhum comentário:

Postar um comentário