10 de dezembro de 2011

Manifesto para dias menos escaldantes
sobre bibliotecas, ciclovias e transporte público

Somam-se alguns dias que reluto para não sair da imersão em assuntos sérios, muito mais sérios e vitais do que o incômodo de rabiscar sobre questões sociais que emergem da imbecilidade propositada de alguns humanos. Impõe-se um aborrecimento enorme por força da necessidade mental, inquietada com ocorrências numerosas, ao deixar momentaneamente, líricos escritos, intempestivos aforismos, relampares páginas metafísicas, para divagar sobre alguns desencontros que insistem em se mostrarem costumeiros.

Sustentando-me em três pilares, divago sobre questões menos importantes que a Arte-Filosofia e mais importante que infraestrutura/superestrutura (da produção à circulação, incluindo governos, partidos políticos, grupos econômicos, máfias diversas, programadores do meio ambiente  e tudo quanto é coletivo que acredita em um mundo melhor partindo tão e somente do seu quintal).

Desinteressada em anarquismos, comunismos, capitalismos, sustentalismos, cubanismos, bem-estar(ismos), obanismos, sarkozysmos, lulismos, dilmismos etc., abraço o felicismo!

Quero ser Feliz! Com bibliotecas, ciclovias e transporte público.

Com bibliotecas para experimentar a liberdade da Vida. As bibliotecas fazem-se prova dos existentes de que é possível trilhar labirintos no tempo, desprendidos de culpa. Topar com personagens que a certa altura não se mostram no fio da realidade, tampouco se preocupam, tanto mais porque a culpabilidade que possa haver, mostra-se para as páginas oscilantes entre o possível e o real.

Com bibliotecas cria-se mundos, cria-se cores e sons.

Carol Gomes

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