21 de maio de 2009

Nossa... o que é isso? Me faz pensar quantas vezes nos tomamos de uma pressão invisível que possui o pensamento no querer 'explosivo/implosivo' de entrar no outro por vias físicas mesmo, como que o 'engolir' literalmente... Agora me coloco a partir de Proust e Barthes: Me esgotar no outro, ou esgotar o outro em mim? Não... não sei... continuemos nas leituras proustianas...

Corpo. Todo pensamento, toda comoção, todo interesse suscitados no sujeito amoroso pelo corpo amado.
[...]
Por vezes toma-me uma idéia: ponho-me a escrutar longamente o corpo amado (tal como o narrador diante do sono de Albertina). Escrutar quer dizer vasculhar: vasculho o corpo do outro, como se quisesse ver o que há dentro, como se a causa mecânica de meu desejo estivesse no corpo adverso (sou como aqueles meninos que desmontam um despertador para saber o que é o tempo).


- Proust e Barthes 'entrelaçados' -

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