22 de maio de 2009

Provocações, perguntas difíceis foram postas, apresentadas num olhar não menos penetrante e misterioso, que ao bom universo proustiano me remete ao 'desvendar-seduzir' o outro no silêncio despretensioso e ativamente autêntico... talvez... especulações ansiosas... Como reação me disponho mais uma vez a Barthes...


Abraço: O gesto do abraço amoroso parece realizar, por um instante, para o sujeito, o sonho de união total com o ser amado.

[...]
Momento da afirmação; durante um certo tempo, na verdade acabado, perturbado, alguma coisa deu certo: fiquei saciado (todos os meus desejos abolidos pela plenitude de sua satisfação): a plenitude existe, e não descansarei até fazê-las voltar: através de todos os meandros da história amorosa, obstinar-me-ei a querer reencontrar, renovar a contradição - a contração - dos dois abraços.

- Barthes -
Em 'Fragmentos de um discuso amoroso' -

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